quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Extermínio 2



Extermínio 2, também conhecido como 28 Weeks Later, narra a história dos primeiros britânicos de volta a Londres, seis meses depois da primeira infecção. O vírus, mostrado no filme anterior, transformava imediatamente pessoas em zumbis loucos por carne humana. Cinco semanas após a evacuação de e isolamento da Inglaterra, os monstrengos morreram de fome. Algum tempo depois o exército americano, obviamente, entra na cidade e começa a reestruturá-la. Seis meses depois os britânicos que sobreviveram a primeira infecção começam a retornar, em clima de lei militar.

Você deve ter reparado que eu disse sempre ‘primeira infecção’, porque, obviamente, o vírus volta a atacar. Não faria o menor sentido uma continuação do primeiro filme se isso não acontecesse. E a continuação é até interessante, mantém o mesmo clima sombrio e de destruição do seu predecessor. Com a diferença que em Extermínio a destruição é sempre mais visceral do que nos filmes americanos. Nestes, o enfoque acaba sendo nas paisagens digitais e explosões faraônicas.

O problema é que Extermínio 2 peca exatamente onde o outro acertava. Quer dizer, não sei se acerto seria a palavra correta. No primeiro filme as pessoas se transformavam em animais violentos quase que imediatamente depois do contato com um infectado. Parece inverossímil, e de fato é, mas se você vai acreditar em todo o resto, what the hell! A questão é que essa velocidade de contração da doença tornava o filme muito interessante, criando situações estressantes para os personagens principais.

O segundo filme mantém a mesma velocidade de contaminação, mas, não faz um bom uso dela. Quando vários sobreviventes estão enclausurados e um infectado começa a os atacar, os militares tomam a ‘sábia’ decisão de matar todos. Se o vírus se espalha tão rapidamente assim, seria óbvio que o correto a fazer era esperar que os infectados se manifestassem, separá-los dos outros e manter os sobreviventes. Fazendo exatamente o contrário o filme desperta um sentimento de artificialidade, como se os roteiristas tomassem uma decisão criativa única e exclusivamente para manter a história funcionando. Agora, os personagens centrais da trama, um menino de 12 anos e sua irmão de 16, além de enfrentarem os infectados, tem que enfrentar também o exército americano jogando napalm em suas cabeças.

A história dá um passo a mais ao introduzir um personagem que parece ter a capacidade de não apresentar os sintomas do vírus, mas apenas carregá-lo em sua corrente sanguínea. Ao que parece, essa é uma franquia que ainda verá alguns outros descendentes.

2 comentários:

The unknown human who sold the world disse...

Ah meu Deus, será que vai surgir mais uma nova franquia vide SAW?

Daniell disse...

eu não duvidaria, embora prefereria mil vezes assistir essa franquia do que a do Saw