
Extermínio 2, também conhecido como 28 Weeks Later, narra a história dos primeiros britânicos de volta a Londres, seis meses depois da primeira infecção. O vírus, mostrado no filme anterior, transformava imediatamente pessoas em zumbis loucos por carne humana. Cinco semanas após a evacuação de e isolamento da Inglaterra, os monstrengos morreram de fome. Algum tempo depois o exército americano, obviamente, entra na cidade e começa a reestruturá-la. Seis meses depois os britânicos que sobreviveram a primeira infecção começam a retornar, em clima de lei militar.
Você deve ter reparado que eu disse sempre ‘primeira infecção’, porque, obviamente, o vírus volta a atacar. Não faria o menor sentido uma continuação do primeiro filme se isso não acontecesse. E a continuação é até interessante, mantém o mesmo clima sombrio e de destruição do seu predecessor. Com a diferença que em Extermínio a destruição é sempre mais visceral do que nos filmes americanos. Nestes, o enfoque acaba sendo nas paisagens digitais e explosões faraônicas.
O problema é que Extermínio 2 peca exatamente onde o outro acertava. Quer dizer, não sei se acerto seria a palavra correta. No primeiro filme as pessoas se transformavam em animais violentos quase que imediatamente depois do contato com um infectado. Parece inverossímil, e de fato é, mas se você vai acreditar em todo o resto, what the hell! A questão é que essa velocidade de contração da doença tornava o filme muito interessante, criando situações estressantes para os personagens principais.
O segundo filme mantém a mesma velocidade de contaminação, mas, não faz um bom uso dela. Quando vários sobreviventes estão enclausurados e um infectado começa a os atacar, os militares tomam a ‘sábia’ decisão de matar todos. Se o vírus se espalha tão rapidamente assim, seria óbvio que o correto a fazer era esperar que os infectados se manifestassem, separá-los dos outros e manter os sobreviventes. Fazendo exatamente o contrário o filme desperta um sentimento de artificialidade, como se os roteiristas tomassem uma decisão criativa única e exclusivamente para manter a história funcionando. Agora, os personagens centrais da trama, um menino de 12 anos e sua irmão de 16, além de enfrentarem os infectados, tem que enfrentar também o exército americano jogando napalm em suas cabeças.
A história dá um passo a mais ao introduzir um personagem que parece ter a capacidade de não apresentar os sintomas do vírus, mas apenas carregá-lo em sua corrente sanguínea. Ao que parece, essa é uma franquia que ainda verá alguns outros descendentes.
2 comentários:
Ah meu Deus, será que vai surgir mais uma nova franquia vide SAW?
eu não duvidaria, embora prefereria mil vezes assistir essa franquia do que a do Saw
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