segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Filmes do Final de Semana

O Som do Coração

A princípio inicia-se como um Oliver Twist musical. Mas depois perde as características de um bom melodrama para ceder a cenas pobres. A única coisa que segura o filme são algumas atuações interessantes, Terrence Howard, como um assistente social engajado é brilhante em seu papel tão pequeno. Keri Russel também se sai suficientemente bem como a mãe de Evan. Já Freddie Highmore não se sai tão bem na pele de Eva Taylor/ August Rush, muito embora tenha gostado do seu jeitinho frágil em Em busca da Terra do Nunca, e também tenha achado que ele se saiu muito bem em Um bom Ano, Freddie não repete a mesma atuação aqui. Tanto é que é fácil roubar-lhe a cena, a garotinha negra na seqüência da igreja o prova facilmente. Mas nem Robin Williams está em sua melhor performance neste filme.

O Bebê de Rosemary

Como com qualquer clássico, nunca é demais assistir mais uma vez. Foi minha segunda, e desta vez pude apreciar melhor os aspectos dramatúrgicos. O casal principal (formado por Mia Farrow e John Cassavetes) é fenomenal e tem um química fantástica. Os velhinhos também são um show a parte e oferecem um interessante ponto de vista cômico sobre a história, tão densa e macabra. Mas além de tudo isso o que mais me chama atenção são os sonhos de Rosemary, seus pesadelos e alucinações. Não houve melhor década para pesadelos no cinema do que a década de 60, e dizem que as drogas não trazem benefícios...

Boas curiosidades sobre o filme aqui.

Mandando Bala

Tenho fases, e em algumas delas, por acaso, quero sempre assistir filmes de ação. Mas não sei se é porque não estou numa dessas fases que odiei esse filme. Talvez não. Talvez eu tenha odiado porque ele é ruim mesmo. A princípio simpatizo com o gênero: comédia com ação, especialmente quando eles não se levam a sério demais. Ponto para Mandando Bala, que não se leva a sério em nenhum minuto. Também não me incomoda falta de veracidade em cenas de ação, outro ponto para Mandando Bala, que atira as leis da física pela janela. O problema é que eu gosto de roteiro sabem? E não estou falando de grandes estruturas não, algo simples já ta bom. A impressão que me deu foi que Mandando Bala foi construído em cima de das seqüências de ação e a ‘história’ foi desenvolvida depois. Sendo assim, sempre que os personagens perseguidos (no caso Clive Owen, Monica Bellucci e um bebê) mudam de lugar, os bandidos que os perseguem aparecem momentos depois, sabe-se lá como, atirando aos borbotões. E o filme é basicamente isso: variações de seqüências de ação, variando os locais e as atividades do personagens (por exemplo: ‘Ah vamos fazer uma que eles estão transando no meio do tiroteio?’). Sem nada com o que trabalhar Paul Giamatti também foi resumido a um vilão que diz o texto e faz caretas. Pra piorar o placar o filme ainda assume um tom levemente moralista no final, aí não dá. Nesse gênero eu ainda fico com True Lies. Parafraseando Smith: Sabe o que eu odeio? Filmes com uma trilha sonora tão presente e tão forte que você não tem nem dois minutos sem música metal pra respirar.





6 comentários:

Unknown disse...

Sobre "O Som do Coração", ainda não vi, mas provavelmente o elenco me arraste para um cinema muito em breve. Gosto muito de Terence Howard e Keri Russel, especialmente de Higmore, que na minha opinião, possui um talento acima da média para um garoto de sua idade. Robin Williams é um monstro cinematográfico superestimado, odeio seus papéis.
Sobre "O Bebê de Rosemary", o que mais incomoda é a tensão que a câmera de Polanski cria, ele é um diretor fantástico. A vizinha bruxa, Ruth Gordon, ganhou o Oscar de coadjuvante por este filme, onde trabalhou muito bem. As cenas de alucinação da personagem de Farrow são horripilantes, aquela mão demoníca sobre ela é de dar arrepios!
Sobre "Mandando Bala", é algo tão imbecil que nem merece ser visto, eu acho. Clive Owen está patético, nem a sensualidade de Monica Bellucci salva a projeção do fracasso. Quem diria, Paul Giamatti, um cara tão talentoso entregando uma atuação de regular para baixo...
Abraço!!

Daniell disse...

Putz, faço suas as minhas palavras, concordo plenamente!

Felipe Rezende disse...

O Som do Coração eu até animei de ir assistir quando vi que ia estrear. O elenco é bom, historinhas bonitihas às vezes fazem bem. Mas aí começaram as aulas, existem opções melhores no momento (Indomáveis, A Espiã) e ficou pra trás.

Bebê de Rosemary eu nunca vi, shame on me.

Mandando Bala eu quero ver, apesar de terem me falado que faz o estilo Adrenalina, que eu achei insuportável.

Daniell disse...

Felipe: Quem te falou que Mandando Bala se parece com Adrenalina acertou. E sim, eu também achei ambos insuportáveis, foi difícil chegar ao final.

Anônimo disse...

Se ao invéz de uim filme, ele fosse um clip do Megadeth na década de 80, seria até legalzinho!!! Tirando muita coisa, logico....
heeh

Dragon Skull adoraria....

Anônimo disse...

Não vi os dois primeiros. Já Mandando Bala achei divertido por ser ousado, energético e por ter um excelente elenco. Esqueci os furos, as implausibilidades e simplesmente me diverti.

Ciao!