
Fui ver esse filme movido pelo buzz que escutei por aí. Mas tenho dó de quem alugou pensando se tratar de um filme de terror convencional. O filme nada mais é do que uma narrativa de loucura. As origens teatrais da obra também são evidentes, muitos, muitos diálogos e unidade de ação concentrada num único quarto de hotel.
O filme narra a história de uma mulher que sofre a perseguição do marido, recém saído da prisão onde cumpria pena por assassinato. Além disso, a coitada ainda tem que carregar o fardo de ter perdido o filho de seis anos num supermercado anos antes. E, numa certa noite Agnes (Ashley Judd), depois de sair de seu emprego de garçonete, recebe uma amiga que traz um convidado um tanto esquisito. A história gira a partir desse encontro, onde o homem, morbidamente sedutor, vai envolvendo-se na vida da garçonete.
Se no princípio vemos pelo menos dois cenários (o bar onde Agnes trabalha e um supermercado), e ainda o exterior do quarto de hotel onde Agnes mora, do encontro com o estranho pra frente o filme começa a se tornar intensamente claustrofóbico. Um ambiente mais do que apropriado para a vida dos personagens.
O problema com Agnes é que ela é tão carente e frágil que se enreda nas tramas de um homem visivelmente perturbado, mas que a trata bem. O filme não demonstra nem por um minuto uma ambigüidade na história, não dá pra acreditar na paranóia dos personagens por nada deste mundo, portanto, a história é uma visão para o precipício.
Os diálogos histriônicos do final chegaram a me incomodar um pouco, mas depois deu pra entender, era o clímax.
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