segunda-feira, 10 de março de 2008

DVD: Invasão de Domicílio


Provavelmente eu sou a única pessoa no mundo que gostou de O Paciente Inglês, mea culpa. Mas peguei esse Invasão de Domicílio na prateleira da locadora esperando por um Anthony Minghella mais ágil, não encontrei. Também, isso seria o mesmo que querer um Roland Emmerich introspectivo. Os filmes do Minghella não me desapontam, eu tampouco acho que sejam obras maravilhosas e perfeitas, mas serve para um dia de chuva. O trailer foi o responsável por condenar o filme um pouco. Tem até umas duas perseguições, mas não espere nada do naipe de um Jason Bourne.

Will Francis (Jude Law) é um arquiteto que, depois de ver seu escritório assaltado diversas vezes, passa a montar guarda na porta do estabelecimento. Entre conversas com uma prostitua feminista, música e café, numa bela noite ele consegue flagrar Miro Simic (Rafi Gavron), um adolescente que se estabelecera como o ladrão ‘fixo’ do escritório de Will. O arquiteto, disposto a acabar de vez com a farra dos ladrões parte em busca do garoto e consegue descobrir onde mora. A partir daí Will se envolverá com a mãe do menino (Juliette Binoche), num caso extraconjugal para fugir das pressões do próprio casamento com Liv (Robin Wright Penn).

O grande problema de Invasão de Domicílio é a profusão de temas. Aparentemente Anthony Minghella quis tratar de todos os assuntos possíveis nesse filme. Desde conflitos raciais, desigualdade social, feminismo e preservação ambiental. Nem preciso dizer que ele só conseguiu lidar com maturidade com uns dois, no máximo. Os outros foram apenas tangenciados, mas talvez, no fim das contas, isso tenha sido bom. Mas o que me incomoda de fato é o final. Will Francis peca pela condescendência com que leva o casamento e vê a si mesmo, e o final do filme parece apenas reiterar esse erro.



3 comentários:

Unknown disse...

Deteste este filme, um caldeirão de aspectos reprováveis, uma pretensão absurda e evidentes, atuações medianas de Jude e Binoche, dois atores magníficos. Robin Wright nunca me convenceu, só gosto dela em "Forrest Gump". De qualquer modo, Anthony Minguella errou neste projeto, porque transformou um bom argumento em algo totalmente dispensável.
Abraço!

Anônimo disse...

Mesma cotacao que voce. Um bom filme com alguns serios problemas de roteiro e direcao. Vale pelo elenco e alguns assuntos que toca com sensibilidade.

3 estrelas.

Ciao!

gustavo disse...

eu gosto !!!
Aliás, gosto de quase todos os filmes desse diretor (com exceção de um tal de Cold Mountain)