
Confesso que o trailer de Indiana Jones me deu arrepios na primeira vez que assisti. E nas outras também. O som da musiquinha inesquecível de John Williams foi tão nostálgico que cheguei a sentir o gostinho de infância na boca. De todos os filmes ‘clássicos’ dos anos 80, esse, talvez, tenha sido o que mais assisti. E como eu brinquei de Indiana Jones no quintal da minha casa! Bons tempos aqueles.
É no mínimo lamentável, portanto, que a continuação de uma trilogia clássica seja um filme tão sem sal e desprovido de qualidades como esse. E olha que eu apostava todas as minhas fichas nessa produção.
Nessa nova aventura Indiana Jones é envolvido com militares comunistas, liderados pela coronel Irina Spalko, uma Cate Blanchett totalmente caricatural e insossa. Quando começa a ser investigado também pelo FBI, dado seu envolvimento com os comunistas, Indy é contatado por Mutt Williams (Shia LaBeouf) um rapaz que solicita sua ajuda para localizar a mãe e um antigo conhecido de Indy.
Desde o princípio da trama (nos primeiros minutos mesmo) fica claro que os personagens investigam qualquer tipo de evento alienígena, e como se isso não fosse por si só enormemente destoante das aventuras anteriores de Indiana Jones, o roteirista (David Koep) ainda faz o favor de incluir temas como habilidades parapsíquicas. Temas, aliás, que são a principal gordura extra do roteiro, uma vez que são apenas mencionados ou levemente tocados sem que seu papel seja significativo para fazer a trama andar. Outra coisa que incomoda bastante é o fato de que em dois momentos aparecerem ‘nativos’ nos sítios arqueológicos que Indiana investiga, que atacam o professor, mas dos quais não sabemos nada, tampouco porque eles atacam Indiana Jones. E assim como surgem eles desaparecem da trama sem mais nem menos. Como esse, existem ainda outros buracos que permanecem sem resposta no roteiro.
A sensação que o filme todo proporciona é que existem eventos que aconteceriam se aqueles personagens estivessem lá ou não. É uma grande sensação de gratuidade. Não vemos Indiana Jones no filme. E nem sabemos por que ele continua investigando os eventos da forma que o filme mostra. Afinal, não existe motivação suficiente para que ele continue. Pelo menos, se tomarmos os outros filmes como exemplo, Indiana Jones é um personagem difícil de ser demovido das próprias vontades, e toma sempre o caminho mais curto e simples para realizar algo. É como se fosse um filme de Indiana Jones em que as ações pudessem ser executadas pelo seu Zé da padaria da esquina.
Assim como a personagem título, a vilã da história também não tem brilho e seus desejos são altamente superficiais. Sabemos que ela se interessa pelos dons psíquicos da caveira de cristal mas não temos um mapa preciso do que ela pretende e como executará o que pretende. Ela também não oferece um antagonismo eficiente à Indiana Jones, justamente porque é muito superficial. Talvez o pior papel de Blanchett em toda sua carreira.
Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal é, portanto, uma decepção gigantesca. Chegou a me dar sono no cinema. Esperamos 18 anos por uma continuação, mas eu ficaria de bom grado esperando mais uns cinco se isso fosse produzir um filme melhor.
É no mínimo lamentável, portanto, que a continuação de uma trilogia clássica seja um filme tão sem sal e desprovido de qualidades como esse. E olha que eu apostava todas as minhas fichas nessa produção.
Nessa nova aventura Indiana Jones é envolvido com militares comunistas, liderados pela coronel Irina Spalko, uma Cate Blanchett totalmente caricatural e insossa. Quando começa a ser investigado também pelo FBI, dado seu envolvimento com os comunistas, Indy é contatado por Mutt Williams (Shia LaBeouf) um rapaz que solicita sua ajuda para localizar a mãe e um antigo conhecido de Indy.
Desde o princípio da trama (nos primeiros minutos mesmo) fica claro que os personagens investigam qualquer tipo de evento alienígena, e como se isso não fosse por si só enormemente destoante das aventuras anteriores de Indiana Jones, o roteirista (David Koep) ainda faz o favor de incluir temas como habilidades parapsíquicas. Temas, aliás, que são a principal gordura extra do roteiro, uma vez que são apenas mencionados ou levemente tocados sem que seu papel seja significativo para fazer a trama andar. Outra coisa que incomoda bastante é o fato de que em dois momentos aparecerem ‘nativos’ nos sítios arqueológicos que Indiana investiga, que atacam o professor, mas dos quais não sabemos nada, tampouco porque eles atacam Indiana Jones. E assim como surgem eles desaparecem da trama sem mais nem menos. Como esse, existem ainda outros buracos que permanecem sem resposta no roteiro.
A sensação que o filme todo proporciona é que existem eventos que aconteceriam se aqueles personagens estivessem lá ou não. É uma grande sensação de gratuidade. Não vemos Indiana Jones no filme. E nem sabemos por que ele continua investigando os eventos da forma que o filme mostra. Afinal, não existe motivação suficiente para que ele continue. Pelo menos, se tomarmos os outros filmes como exemplo, Indiana Jones é um personagem difícil de ser demovido das próprias vontades, e toma sempre o caminho mais curto e simples para realizar algo. É como se fosse um filme de Indiana Jones em que as ações pudessem ser executadas pelo seu Zé da padaria da esquina.
Assim como a personagem título, a vilã da história também não tem brilho e seus desejos são altamente superficiais. Sabemos que ela se interessa pelos dons psíquicos da caveira de cristal mas não temos um mapa preciso do que ela pretende e como executará o que pretende. Ela também não oferece um antagonismo eficiente à Indiana Jones, justamente porque é muito superficial. Talvez o pior papel de Blanchett em toda sua carreira.
Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal é, portanto, uma decepção gigantesca. Chegou a me dar sono no cinema. Esperamos 18 anos por uma continuação, mas eu ficaria de bom grado esperando mais uns cinco se isso fosse produzir um filme melhor.

8 comentários:
Permita-me discordar, rsrsrs, eu achei o filme ótimo! Não lembro de quando me diverti tanto vendo à um filme. Acho que o pecado do filme é a overdose de efeitos, mas tudo da série está lá: o charme dos personagens, a inventividade do escapismo, criativas sequências de ação, mistério, sobrenatural, exagero e Indy apanhando e batendo muito! Fotografia, edição, trilha, tudo no ponto certo!
4 estrelas ;)
Ciao!
Nossa, ainda bem que alguém gostou desse filme! Mas vai me desculpar viu, não acho que o filme é tão bom assim não, eu acho até que ele tem uns probleminhas de decupagens. Agora na parte tecnica com certeza ele é impecável, todos os filmes do Spilberg são mesmo. Quanto ao roteiro, pra mim é um queijo suíço. Sério, eu cheguei a sentir sono assistindo no cinema e eu estava tremendamente benevolente com o filme, como disse no meu texto aí.
já ouvi comentários bons e outros nem tanto, quero tirar a prova heheh, mas enfim, ao menos o personagem vem carregado d euma nostalgia gostosa, lá do principio do video cassete rsss...
AH LINKEI SEU BLOG, SE PUDER DAR UMA AJUDINHA AI PRA DIVULGAR AGRADEÇO ABRAÇO!!!
Ok Ygor, está adicionado!
Claro que o filme deve em relação a trilogia, mas não achei tão dispensável assim. Eu não gostei do roteiro, mas nesse caso é o que menos interessa. E acho a Cate Blanchett linda e, apesar de concordar que esse é seu pior trabalho, gostei da atuação dela. O sotaque dela foi bom demais.
Abraço!!
Se disser a você que ainda não vi, acho que não acredita. É o filme mais aguardado do ano por mim, mas por conta de algumas provas da faculdade estou adiando. Sua cotação - e apontamentos - são decepcionantes...
Abraço!
Weiner: Olhe pelo lado bom, pelo menos 99% das pessoas gostaram do filme! :)
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